Vitória importantíssima e resultado enganador, tal foi a quantidade de oportunidades flagrantes de golo finalizadas sem sucesso. A equipa, apesar de ter acusado a escassa vantagem no marcador (a derrota em Braga abalou), criou bastante volume de jogo e sai com o mais importante: 3 pontos e ‘clean sheet’.
Gonçalo Ramos não marcou, mas fez um dos seus melhores jogos de águia ao peito no que diz respeito à associação com os companheiros. Como pivot, esteve bastante assertivo a jogar de costas para baliza (de calcanhar, deu uma bola sensacional a Florentino) e teve imensos pormenores de classe (tem um passe delicioso, sem olhar, a enquadrar João Mário), faltando ‘apenas’ o golo.
João Neves a despertar curiosidade nos poucos minutos onde esteve em campo. Centro de gravidade baixo, bola sempre colada aos dois pés, inteligência na circulação e a certeza de que será mais um Benfiquista da Fábrica de Sonhos do Benfica Campus a cumprir o seu: servir o Sport Lisboa e Benfica de 1904.
Draxler cresceu de produção em relação às últimas partidas, mas precisa de subir de patamar se pretende conquistar um lugar no 11. Apesar de continuar preso de movimentos, a sua qualidade técnica não engana ninguém e aparece, quase sempre, a abrir espaços no último-terço (o lance onde isola Florentino é de grande jogador).
Roger Schmidt apostou em Aursnes como segundo-avançado (incrível como tem rendimento em qualquer posição) e, apesar de ter apresentado um 11 algo unidimensional do ponto de vista ofensivo (os 6 elementos do meio-campo para a frente que foram a jogo são quase todos de posse e bola no pé), sai por cima pela forma como segurou o grupo nas últimas semanas tumultuosas.
Otamendi foi homenageado, Enzo ficou na bancada e é hora de reintegrar o jogador, unindo a nível interno. O próximo jogo do campeonato será importantíssimo na discussão do título e os Benfiquistas terão de ser o 12º jogador que colocará o vulcão da Luz em erupção no dia 15. Até lá, há um jogo de Taça para ganhar: vencer o Varzim!