Esta quinta-feira, o jogador do Benfica, Carlos Nicolía pediu RESPEITO aos adeptos do FCP. Pouco tempo depois da sua mulher ter falecido por lutar contra uma doença, o argentino chegou ao Benfica e “tudo tem um limite”.
‘Assassino, mataste a tua mulher’ (E isso é a coisa mais suave). Calei-me durante nove anos, hoje digo basta! Talvez muitos não conheçam a minha história, cheguei em 2014 ao Benfica com o meu filho de três anos, a sua mãe tinha acabado de falecer, tive a sorte de encontrar uma grande família benfiquista que sempre me acompanhou… Mas durante nove anos que, cada vez que fui ao Dragão Caixa [agora Dragão Arena], as pessoas atrás do banco (não a claque) gritavam “Assassino, mataste a tua mulher” e muitas coisas que até me dá vergonha de dizer. O meu filho já tem 11 anos e entende tudo. Uma pena que isto seja feito num evento desportivo, utilizando a morte de uma pessoa, que lutou contra uma doença, rindo da própria morte. Uma vergonha. Passei nove anos a ouvir estas coisas todos os jogos, mas hoje digo basta. Estou a lutar sozinho contra a discriminação que sinto pelos regulamentos que as federações de hóquei fazem e que não sei se um dia irei ganhar, mas esta outra termina hoje. Não por mim, mas pelo meu filho… Não quero que ele ouça nunca que há pessoas que usam a perda da sua mãe devido a uma rivalidade ou para acreditarem que são engraçadas! Tudo tem um limite… Respeito!
Carlos Nicolía