➤ Após o recente amigável frente ao Sevilla, muitas foram as considerações negativas efetuadas relativamente ao brasileiro: ‘lento’; ‘preso de movimentos’; ‘duro de rins’. Em suma, um arraial de comentários de quem não faz a menor ideia do que é o longo e árduo caminho de recuperação de uma rotura de ligamentos cruzados.
➤ A grave lesão no joelho do camisola 4 é a mesma que afetou, por exemplo, Eduardo Salvio e, para além de um enorme tempo de recuperação, deixa mazelas notórias em dois aspetos: físico e mental. E é maioritariamente no segundo fator que estará a chave para o seu regresso ao patamar desportivo que todos lhe reconhecemos.
➤ Se a recuperação total dos índices físicos já entra, por si só, no campo da especulação, o resgate da confiança mental reveste-se de capital importância pelo papel que terá nos momentos em que errar dentro das 4 linhas, porque o problema não estará apenas no receio em meter o pé, rodar apoios ou fazer piques longos.
➤ Seja na B, seja na cedência temporária a um clube onde possa ser titular, será vital libertar vagas de empréstimo para que possa jogar e revitalizar a sua melhor forma, voltando a sentir-se útil, confortável com e sem bola e a comandar com mestria uma linha defensiva com os traços de liderança que o caracterizam.
➤ Não sabemos se voltará aos índices competitivos que já mostrou, mas temos o dever de não o deixar cair e de lhe dar a oportunidade de fazer esse caminho. Se o fizer, teremos de novo um central de Seleção Brasileira com todas as condições para brilhar na Champions ao serviço do Sport Lisboa e Benfica. Eu acredito, Lucas!
Créditos: Mistica Benfiquista