❶ Bater a cláusula de rescisão de Enzo Fernández significa pagar os 120 milhões da mesma a pronto pagamento de forma unilateral e sem qualquer negociação entre os clubes. Este movimento não é permitido no mercado de inverno, o que significa que o craque argentino, a sair já, será sempre por decisão acordada entre as três partes.
❷ Negociar o atleta por valores superiores à cláusula, com óbvias comissões à mistura e de forma faseada (em várias tranches ao longo dos próximos anos), é colocar interesses paralelos à frente dos superiores interesses do clube. É praticamente impossível encontrar, em janeiro, um jogador do nível desportivo de Enzo por valores compatíveis com a nossa realidade financeira.
❸ O Benfica tem um projeto desportivo e não um projeto financeiro. Enzo é um jogador de alto calibre e não um ativo de altíssimo valor. Se queremos realmente mudar o chip na abordagem que fazemos ao mercado, esta é a oportunidade ideal para deixar de tratar os jogadores como mercadoria e para mostrar ao mundo que nos afastamos gradualmente dos vícios do Vieirismo.
❹ Enzo Fernández é um predestinado. A menos que tenha a infelicidade de se lesionar gravemente, sairá sempre por montantes astronómicos para a realidade portuguesa, independentemente do seu ‘timing’ de venda (janeiro ou julho). Noutra ótica, se Enzo é Campeão do Mundo, deve-o em parte ao Benfica e à evolução vertiginosa que teve sob as ordens de Roger Schmidt.
❺ Se está grato ao Benfica por ter cumprido o seu sonho de infância, Enzo tem o dever de recompensar o clube dando o seu máximo até ao fim da temporada, sendo óbvio que sairá sempre no mercado de verão. Há um 38 para conquistar e uma Champions para chegar o mais longe possível, sendo peça fundamental para atingir esses objetivos.
É hora de provar que o rumo mudou. Tem a palavra Rui Costa e a restante estrutura.
*Créditos* : Mística – Pelo Benfica