Mesmo depois de sabermos o resultado final, o futebol do Benfica, a entrega e a atitude de quem anda lá dentro deve ser enaltecida. Guilherme Cabral presenteia-nos com mais um texto que só ele sabe fazer:
Trinta e um minutos de puro futebol. De domínio absoluto. E depois tudo mudou. Bah é expulso e o Benfica viu-se obrigado a segurar o que conseguia. O Braga cresceu. Estava em casa, diante os seus. Era normal que fosse apertar uma equipa que estava cada vez mais desconfortável com o jogo. Segunda parte, três centrais. Era tempo de lutar e de saber sofrer. De defender com tudo e atacar quando desse. Respeito a mais pelo Braga? Talvez. Mas se era para sofrer, então era para sofrermos todos juntos. A arbitragem levava-nos à loucura. A falta de lucidez e a incompetência que se espelhava nos rostos dos homens vestidos de preto. Em sentido inverso destacava-se um jogador vestido de amarelo. Aursnes. Um poço de inteligência que tão poucos conseguem ter no futebol. Talento a mais que apenas se esbarrou no penalti que não conseguiu marcar. Foi um jogo de nervos em cima de nervos. De quilómetros feitos nuns três metros quadrados em cada casa de um Benfiquista. Para a esquerda e para a direita. Em busca de algo que nos fizesse acreditar. Ainda assim estou orgulhoso da equipa e da atitude que mostraram em campo. Uma união tremenda que não chegou para vencer, mas chegou para mostrar o quão fortes podemos ser se ninguém nos puxar para trás. A tristeza de não ir ao Jamor é enorme. Mas a vontade vencer o Brugge tornou-se ainda maior do que isso. Porque mais do que aquilo que fizémos hoje, é a certeza absoluta daquilo que iremos fazer daqui para a frente. Lutar. Lutar. E Lutar.
Até não haver nada mais por conquistar.
Amo-te BENFICA!
Com muito orgulho,
Com muito amor.