O presidente do River Plate confirma que não tinha esperanças que Enzo Fernández fosse transferido pelo Benfica por um montante tão elevado (121 milhões de euros), tornando-se na maior venda da história do clube argentino.
É uma transação inédita no futebol argentino. Parece que caiu do céu, mas não é assim. Tudo começou em 2021. Renovámos com o Enzo antes da disputa do Troféu dos Campeões. No dia em que renovou vinha acompanhado por Miguel Pérez, que era um dos seus representantes, e decidiu prolongar o contrato. Houve outros que não o fizeram. Seguramente que se não fosse bem representado não teria o percurso que acabou por ter. Se não renovasse não teria feito uma grande época, ido à seleção e rumado ao Benfica. Temos de recordar que a renovação foi o princípio de tudo isto. Consideramos a proposta do Benfica tentadora, porque estavam dispostos a que ficássemos com 25 por cento do passe. Não é algo novo, o Benfica é o principal revendedor do futebol europeu, mas não esperávamos tanto, ainda que tivéssemos a esperança que a venda pudesse chegar aos 100 milhões. Quando todos os jornais davam o negócio como fechado, não respondia a ninguém porque tinha a informação de que as coisas estavam muito paradas, porque o Benfica não queria fazer a transferência agora. Depois, sim, aconteceu. No River entram 24 milhões de euros ao câmbio do dólar oficial. Uma parte é paga de imediato e outra em cinco prestações anuais, o que não é mau para o River, porque esperamos que o dólar tenha uma diferença cada vez menor. Para além desse montante, juntam-se os 18 milhões da venda inicial.
Jorge Brito